quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Deus Verme



Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.

Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.

Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...

Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!


Este é o Single do meu álbum de estréia o Maquinaria Subversiva com previsão para lançamento em Outubro de 2014. Esse trabalho será uma homenagem ao Poeta Augusto dos Anjos, onde seus versos serão berrados por cima de bases eletrônicas.






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